O inglês J. W. King, uma espécie de curandeiro com promessas de cura goradas, é procurado no seu consultório por um "homem irlandês", do qual nunca saberemos o nome, que tem a ambição de cantar como Beniamino Gigli, um famoso tenor italiano. Ambos se encontram num profundo estado de depressão, ainda que por razões diferentes, amorosas no caso de King e existenciais/vocação no caso do "Irlandês". Ao longo das seis sessões de "terapia", os personagens estabelecem uma relação tensa que oscila entre o constante confronto, desabafos e a compreensão mútua. No fim, os papéis da suposta "terapia" invertem-se, enquanto o "Irlandês" retorna à condição de "conformista", é King quem finalmente consegue cantar como Beniamino Gigli, libertando-se assim da sua "dor"...

O texto e a "moral da história" são muito bons! Ao que devemos juntar os desempenhos impecáveis do actores, num registo dramático difícil de interpretar, sobretudo quando o público se encontra a menos de quatro metros de distância... As peças mais contemporâneas do TeCA (Teatro Carlos Alberto) acabam por um bom complemento ao maior classicismo no TNSJ. Gostei bastante! :)
Pontuação: * * * 3/5 - A não perder
Sessão: TeCA, 01/11/2008, 21:30
Pontuação: * * * 3/5 - A não perder
Sessão: TeCA, 01/11/2008, 21:30
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