A semana ia calma! Entre o rescaldo de mais uma vitória do Benfica e os amorfos debates televisivos entre os candidatos para as eleições legislativas de Setembro, tudo parecia decorrer com normalidade... Até que, chegados a quinta-feira, testemunhamos um dos maiores "furacões políticos" dos últimos anos... A estação televisiva TVI, supostamente a mando da sua casa mãe - grupo espanhol PRISA - decide terminar com o polémico "Jornal Nacional de 6ª", da autoria de Manuela Moura Guedes. Isto seria, em condições normais, um acto de bom gosto (tem em conta que o programa era execrável) e de boa gestão (a liderança de audiências da TVI não justifica um programa tão truculento, o que estaria a prejudicar financeiramente a estação). Contudo o PM, José Sócrates, num acto pouco sensato, em Abril último, proclamou-se ao Mundo como o alvo a abater da linha editorial do dito programa... Ao abrir o precedente de abandonar a sua posição institucional para comentar e criticar o "modus operandi" de um órgão de informação, ficou refém de toda e qualquer decisão que se viesse a tomar sobre o mesmo. O afastamento de Manuela Moura Guedes, ainda que possa ser um acto de pura gestão, é assim transformado num exemplo de pressão política sobre a comunicação social, vulgo: censura ou limitação à liberdade de expressão... Pouca interessa se é verdade ou não. O clima, anteriormente potenciado por outros casos, está no ar e na verdade "há já muito tempo que nesta latrina o ar se tornou irrespirável"... Manuela Moura Guedes 2 - 1 Sócrates.




Sem comentários:
Enviar um comentário