terça-feira, 7 de julho de 2009

despertar o sótão

(publicado no, novíssimo, despertar o sótão para o qual peço, cordialmente, a vossa divulgação.)

Na cidade, como na vida, o dinamismo é, na sua base, um motor do progresso. O dinamismo cultural tem sido, porém, tendencialmente esquecido ou preterido face a outros investimentos. No Porto, perante a rara existência ou promoção cultural, identifica-se uma polarização constante que alterna entre: os quadrantes elitistas e/ou alternativos; e actividades, estritamente, recreativas e populares.

Há um sem número de portuenses que, tal como esta organização, no Porto, não encontram suficientes portos de abrigo que os estimulem culturalmente. Não existe tão pouco uma cultura diversificada que, para além de formativa se apresente — e deve, também, ser assim! — um acto de entretenimento. É este o recente Porto que se fecha, em si mesmo, nos mesmos (poucos!) espaços.

Ora, o despertar o sótão é, antes de mais, uma nova concessão para a cidade. Uma organização sem fins lucrativos. Um pequeno grupo de jovens que na sua casa de sempre, o Porto, identificam um défice cultural e espaços esquecidos que são afastados, habitualmente, de eventos culturais. Esta combinação apresenta-se, adicionando motivação à mistura, como uma possibilidade de erguer diferentes eventos culturais onde a magia da cultura poderá, aos poucos, espelhar-se nos seus participantes.

O sótão é um espaço esquecido que, tipicamente, deixamos ser habitado por macaquinhos que corroem ao comodismo. O pó esconde a magia de um espaço que ao despertar possibilita (re)encontros, descobertas e surpresas. Habite-se um espaço que pode ser útil. Que as velharias do sótão despertem e convivam com as novidades. E que o mofo ao despertar, se desprenda da cidade e se esfume na cultura.

Desperte-nos através de e-mail, twitter ou facebook.